“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do
SENHOR, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade;”
II TESSALONICENSES 2:13
BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
PARTE III
É verdade que o Novo
Testamento fala em Deus escolher-nos para a salvação, pela santificação do
Espírito. Mas, esse trecho e seus paralelos “Romanos. 1:4” não falam sobre o
processo santificador, e, sim, sobre como o Espírito separou-nos para Deus, por
ocasião da conversão. Também é claro que o Espírito ajuda-nos na santificação
propriamente dita. Mas, quando Jesus prometeu a vinda do Espírito (o que
ocorreu no dia de Pentecoste, daí por diante podendo ser experiência extensiva
a todos os crentes “Atos 2:39”, ele prometeu que o Espírito conferiria “poder" Atos 1:8, e não "santificação"). O
processo da santificação, como obra do Espírito, envolve o uso da Palavra da
verdade “João 17:17”. Se o crente não se alimenta da Palavra e nem manifesta
uma atitude de obediência à mesma, quando muito será precariamente santificado;
e o batismo no
Espírito não substitui essa outra atuação santificadora do
Espírito, mesmo por que é outra a sua finalidade. Os crentes de Corinto tinham
a experiência do batismo no Espírito Santo e eram ricos em manifestações de
dons espirituais, mas a santificação deles deixava muito a desejar, segundo
fica claro nas duas epístolas que Paulo lhes dirigiu. E patente, pois, que a doutrina
extra bíblica da perfeita santificação nesta vida não conta com respaldo
bíblico. Essa doutrina diz que o crente pode viver sem pecar, se tiver recebido
a segunda bênção. Ora, João estipula: Se dissermos que não temos pecado nenhum,
a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós, “l João 1:8”. É
preciso dizer mais? Um erro doutrinário puxa outro. Por isso, nos meios
pentecostais corre livre a ideia de que o sinal do batismo no Espírito Santo é
o falar em línguas. E mais, que o falar em línguas é atingir o máximo de
crescimento espiritual Mas no livro de Atos encontramos casos de batismo no
Espírito Santo sem línguas, ou então com o acompanhamento de outros dons.” Atos
19:6”. E os ensinamentos de Paulo sobre os dons espirituais mostram que, quando
alguém recebia línguas, devia orar para que pudesse interpretar, sob pena de
seu dom não ser de proveito para outros. Por isso mesmo Paulo recomenda:
"Assim também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir,
para a edificação da igreja" I Coríntios. 14:12”. Além disso, muitos
pregadores pentecostais tem sido consagrados somente por falarem em línguas.
Isso é confundir os dons espirituais (conferidos pelo Espírito) com os dons
ministeriais (conferidos pelo Senhor Jesus;
I Coríntios. 12:5; Efésios. 4:7-11). Não há que duvidar que a questão
ainda precisa ser melhor estudada pelo povo de Deus, pois ela envolve pontos
difíceis de deslindar; e os erros que se têm multiplicado servem somente para
obscurecer esse tão notável aspecto da experiência cristã; e os abusos têm
afastado a muitos, por assim dizer "vacinando-os" quanto a essa
bênção que faz parte da herança do crente. Que o Senhor nos ajude a entender sua
Palavra!