“Como pastor
apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os
levará no seu regaço; as que amamentam guiará suavemente”.
Isaias
40:11
PASTOR
Com
base na ideia de que o pastor é um protetor e líder do rebanho, surgiu o
conceito de Deus como o Pastor de Israel.
Os próprios pastores antigos foram os
primeiros a salientar essa similaridade.
Isaías expandiu esse ponto de vista de Deus
que foi descrito por ele como o pastor que alimenta o povo de Israel.
Jeremias aludiu ao Senhor como um pastor que
protege o seu rebanho (Jeremias. 31:10).
E Ezequiel completou esse quadro a respeito de
Deus ao descrevê-lo como um pastor que busca pelas ovelhas de seu rebanho (Ezequiel.
34:12).
Em
consonância com esse conceito, encontramos muitas passagens, no Antigo
Testamento, que se referem aos lideres do povo de Deus como pastores que agem
sob a supervisão de Deus.
Não
é surpreendente que, com tão rico pano de fundo, no Antigo Testamento, os
escritores do Novo Testamento tenham descrito o Senhor Jesus como um Pastor.
Assim, Jesus é o Bom Pastor que deu a sua vida
pelas suas ovelhas (João 10:2, 11, 14,16).
Ele separa suas ovelhas dos bodes, à
semelhança do que faz um pastor (Mateus. 25:32); e Ele sofreu pelas suas
ovelhas, como deve fazer todo o bom Pastor (Mateus. 26:31).
O
verdadeiro pastor garante a segurança do rebanho, tanto agora como para toda a
eternidade mediante a autoridade que lhe foi conferida pelo Pai: com quem
Cristo tem perfeita união, tanto no tocante à sua natureza quanto no que diz
respeito aos seus desígnios (João 10:27 a 30: e 5:19, acerca da unidade essencial entre o Pai
e o Filho)
O bom pastor instrui as suas ovelhas com a sua
palavra e o seu exemplo, e as guia (João 10:7).
O bom pastor vive bem familiarizado com as
suas ovelhas, e elas o conhecem bem, o que indica comunhão e comunicação (João
10:3 e 4).
O bom pastor é o exemplo moral das ovelhas e
vai adiante delas (João 10:4).
Todas
essas características fazem violento contraste com os falsos pastores.
Que são indivíduos totalmente egoístas e
perversos, e que, na realidade, não podem oferecer qualquer dessas vantagens e
bênçãos ao rebanho de Deus.
Por
conseguinte é dito aqui que o verdadeiro pastor, que e Cristo, entra pela
porta, isto é, pelos canais espirituais competentes, porquanto não tem
necessidade de iludir, posto que todos os seus propósitos são benévolos.
Um
bom pastor deve ser possuidor de dons espirituais.
Sem dúvida terá o dom de governos, sendo esse
um dom especifico dos pastores.
Mas também deve ter o dom da fé, e talvez
outros dons, como o de profecia, etc. Além disso, deve ser capaz de ensinar (I
Timóteo 3:2).
Nem todos os pastores são mestres e nem todos
eles são dotados de facilidade de expressão.
Mas um pastor deve ser possuidor de apreciável
dose de compaixão e simpatia, sendo capaz de misturar-se bem com as pessoas,
gostar da convivência com os seus semelhantes.
Um
monge, em seu mosteiro, que gosta da solidão, meditando, rezando e lendo seus livros
sagrados, sem importar quantas outras virtudes possa ter, jamais seria um bom
pastor.
Um mestre, mergulhado até o pescoço nos seus
livros que manuseia ideias e gosta de estudar e aprender: pode ser um professor
espetacular de Escola Dominical, mas provavelmente não está bem adaptado às
tarefas próprias de um pastor.
No primeiro ponto, acima, demos os dons que um
pastor deveria possuir.
Como é óbvio, faz parte de suas qualificações.
Um pastor deve ser homem controlado, livre de
vícios, não belicoso. Sem excessos. Deve governar bem a sua casa; não pode ser
um noviço; deve ter reputação, devidamente conquistada deve ser avesso a
maledicências e ao uso incorreto da língua; não deve ser ganancioso; não deve
andar atrás do dinheiro; deve ser homem que se santifica; deve ter uma boa
esposa, que não lhe traga perturbações; deve ser forte na fé e mestre da mesma;
deve ter ousadia no seu ensino; deve ser cheio de amor e paciência; deve ser
perseverante; deve caracterizar- se por boas obras; na doutrina, deve ser
incorrupto; deve ser homem sério; sua linguagem deve ser sadia; deve saber
exortar; deve ser honesto; deve saber repelir toda forma de impiedade; deve ser
alguém ansioso para ensinar e capaz de fazê-lo; e, finalmente, deve ser homem
de reconhecida piedade.
Divide as muitas qualificações de um pastor em
três O serviços de ministração ao culto divino, pondo em ordem a adoração da
congregação, administrando as ordenanças, pregando a Palavra de Deus. Nesse sentido,
o pastor é um ministro. Ele deve ser
habilidoso nos cuidados pastorais, cuidando de alimentar espiritualmente o
rebanho, mostrando-se vigilante, deixando-se envolver em boas obras e ações de
misericórdia e compaixão. Ele deve
brandir a autoridade espiritual da Igreja, sendo um dirigente que merece
respeito e que impõe ordem e disciplina. Um pastor deve ter como um de seus
alvos o aperfeiçoamento dos santos (Efésios. 4:12). Mostrando-se
espiritualmente alerta (Hebreus, 13:17; II Timóteo. 4:5) sendo capaz de
exortar, advertir, consolar e orientar com autoridade.
No quarto capítulo da epístola aos Efésios, o
trabalho dos pastores suplementa o trabalho dos apóstolos, evangelistas e
profetas.