sexta-feira, 17 de outubro de 2014

“Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço; as que amamentam guiará suavemente”.
Isaias 40:11
PASTOR
Com base na ideia de que o pastor é um protetor e líder do rebanho, surgiu o conceito de Deus como o Pastor de Israel.
 Os próprios pastores antigos foram os primeiros a salientar essa similaridade.
 Isaías expandiu esse ponto de vista de Deus que foi descrito por ele como o pastor que alimenta o povo de Israel.
 Jeremias aludiu ao Senhor como um pastor que protege o seu rebanho (Jeremias. 31:10).
 E Ezequiel completou esse quadro a respeito de Deus ao descrevê-lo como um pastor que busca pelas ovelhas de seu rebanho (Ezequiel. 34:12).
Em consonância com esse conceito, encontramos muitas passagens, no Antigo Testamento, que se referem aos lideres do povo de Deus como pastores que agem sob a supervisão de Deus.
Não é surpreendente que, com tão rico pano de fundo, no Antigo Testamento, os escritores do Novo Testamento tenham descrito o Senhor Jesus como um Pastor.
 Assim, Jesus é o Bom Pastor que deu a sua vida pelas suas ovelhas (João 10:2, 11, 14,16).
 Ele separa suas ovelhas dos bodes, à semelhança do que faz um pastor (Mateus. 25:32); e Ele sofreu pelas suas ovelhas, como deve fazer todo o bom Pastor (Mateus. 26:31).
O verdadeiro pastor garante a segurança do rebanho, tanto agora como para toda a eternidade mediante a autoridade que lhe foi conferida pelo Pai: com quem Cristo tem perfeita união, tanto no tocante à sua natureza quanto no que diz respeito aos seus desígnios (João 10:27 a 30: e  5:19, acerca da unidade essencial entre o Pai e o Filho)
 O bom pastor instrui as suas ovelhas com a sua palavra e o seu exemplo, e as guia (João 10:7).
 O bom pastor vive bem familiarizado com as suas ovelhas, e elas o conhecem bem, o que indica comunhão e comunicação (João 10:3 e 4).
 O bom pastor é o exemplo moral das ovelhas e vai adiante delas (João 10:4).
Todas essas características fazem violento contraste com os falsos pastores.
 Que são indivíduos totalmente egoístas e perversos, e que, na realidade, não podem oferecer qualquer dessas vantagens e bênçãos ao rebanho de Deus.
Por conseguinte é dito aqui que o verdadeiro pastor, que e Cristo, entra pela porta, isto é, pelos canais espirituais competentes, porquanto não tem necessidade de iludir, posto que todos os seus propósitos são benévolos.
Um bom pastor deve ser possuidor de dons espirituais.
 Sem dúvida terá o dom de governos, sendo esse um dom especifico dos pastores.
 Mas também deve ter o dom da fé, e talvez outros dons, como o de profecia, etc. Além disso, deve ser capaz de ensinar (I Timóteo 3:2).
 Nem todos os pastores são mestres e nem todos eles são dotados de facilidade de expressão.
 Mas um pastor deve ser possuidor de apreciável dose de compaixão e simpatia, sendo capaz de misturar-se bem com as pessoas, gostar da convivência com os seus semelhantes.
Um monge, em seu mosteiro, que gosta da solidão, meditando, rezando e lendo seus livros sagrados, sem importar quantas outras virtudes possa ter, jamais seria um bom pastor.
 Um mestre, mergulhado até o pescoço nos seus livros que manuseia ideias e gosta de estudar e aprender: pode ser um professor espetacular de Escola Dominical, mas provavelmente não está bem adaptado às tarefas próprias de um pastor.
 No primeiro ponto, acima, demos os dons que um pastor deveria possuir.
 Como é óbvio, faz parte de suas qualificações.
 Um pastor deve ser homem controlado, livre de vícios, não belicoso. Sem excessos. Deve governar bem a sua casa; não pode ser um noviço; deve ter reputação, devidamente conquistada deve ser avesso a maledicências e ao uso incorreto da língua; não deve ser ganancioso; não deve andar atrás do dinheiro; deve ser homem que se santifica; deve ter uma boa esposa, que não lhe traga perturbações; deve ser forte na fé e mestre da mesma; deve ter ousadia no seu ensino; deve ser cheio de amor e paciência; deve ser perseverante; deve caracterizar- se por boas obras; na doutrina, deve ser incorrupto; deve ser homem sério; sua linguagem deve ser sadia; deve saber exortar; deve ser honesto; deve saber repelir toda forma de impiedade; deve ser alguém ansioso para ensinar e capaz de fazê-lo; e, finalmente, deve ser homem de reconhecida piedade.
 Divide as muitas qualificações de um pastor em três O serviços de ministração ao culto divino, pondo em ordem a adoração da congregação, administrando as ordenanças, pregando a Palavra de Deus. Nesse sentido, o pastor é um ministro.  Ele deve ser habilidoso nos cuidados pastorais, cuidando de alimentar espiritualmente o rebanho, mostrando-se vigilante, deixando-se envolver em boas obras e ações de misericórdia e compaixão.  Ele deve brandir a autoridade espiritual da Igreja, sendo um dirigente que merece respeito e que impõe ordem e disciplina. Um pastor deve ter como um de seus alvos o aperfeiçoamento dos santos (Efésios. 4:12). Mostrando-se espiritualmente alerta (Hebreus, 13:17; II Timóteo. 4:5) sendo capaz de exortar, advertir, consolar e orientar com autoridade.

 No quarto capítulo da epístola aos Efésios, o trabalho dos pastores suplementa o trabalho dos apóstolos, evangelistas e profetas.

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