sábado, 1 de novembro de 2014

“E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.”
Marcos 5:41
Talita cum
O Senhor Jesus, disse quando da ressurreição da filha de Jairo.
 Essas palavras são aramaicas, transliteradas para o grego e dai para o português.
Significam, conforme Marcos mesmo interpreta, “Menina, eu te mando, levanta-te”.
Há outras palavras proferidas por Jesus em aramaico, conforme se vê em Marcos. 7:34 e 15:34.
 E o apóstolo Pedro também proferiu uma palavra em aramaico, "Tabita", em Atos 9:40. Paulo tem seu famoso "Maranata” (l Coríntios. 16:22)
Os estudiosos têm dito que essa expressão aramaica, usada por Paulo, significa "Senhor, vem!”.
Tais palavras e expressões eram perfeitamente naturais para os galileus, que falavam o aramaico como sua língua nativa, sem prejuízo de outros idiomas que também soubessem falar.
 Não há nelas qualquer coisa de fórmula mágica, como alguns, ignorantemente, têm pensado.
 Os estudos feitos acerca de quanto se falava o aramaico e o hebraico, na Palestina, nos dias de Jesus e de seus apóstolos, têm produzido alguns resultados interessantes.
 É bastante cansativo e detalhado mostrar todos os passos que os estudiosos têm tido de dar.
 Mas a conclusão geral pode ser posta na boca de um rabino do passado, que disse:
"O aramaico usava-se na linguagem sacra; o hebraico, na fala comum, do povo".
 Isso discorda da opinião dos estudiosos em geral, que pensavam que o hebraico estava totalmente esquecido.
 Mas, de fato, testemunhos antigos, como o próprio Novo Testamento, a recém-descoberta literatura da comunidade de Qumran, e os escritos de Josefo, todos testificam de que o hebraico era o idioma comum da Palestina, usado até mesmo na literatura da época.
 Quanto ao Novo Testamento, lemos em Atos 21:40 e 22:2,- que Paulo dirigiu-se aos judeus em "hebraico", e não em aramaico. Não obstante a isso, o aramaico era alimentado pela corrente continua de judeus orientais que chegavam a Jerusalém, para as festividades religiosas da nação, e muitos deles acabavam ficando na Terra Santa.

 Portanto, o aramaico prevalecia nos cultos efetuados no templo, desde o período persa em diante. Devemos concluir que, assim como o hebraico está sendo revivido atualmente, no Estado de Israel, assim também deve ter acontecido no período intermediário, entre o Antigo e o Novo Testamento, embora, sobre isso, nada nos tenha chegado quanto a informações concretas.

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