“E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que,
traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.”
Marcos 5:41
Talita cum
O Senhor Jesus, disse quando da ressurreição da filha de
Jairo.
Essas palavras são
aramaicas, transliteradas para o grego e dai para o português.
Significam, conforme Marcos mesmo interpreta, “Menina, eu te
mando, levanta-te”.
Há outras palavras proferidas por Jesus em aramaico, conforme
se vê em Marcos. 7:34 e 15:34.
E o apóstolo Pedro
também proferiu uma palavra em aramaico, "Tabita", em Atos 9:40. Paulo
tem seu famoso "Maranata” (l Coríntios. 16:22)
Os estudiosos têm dito que essa expressão aramaica, usada por
Paulo, significa "Senhor, vem!”.
Tais palavras e expressões eram perfeitamente naturais para
os galileus, que falavam o aramaico como sua língua nativa, sem prejuízo de
outros idiomas que também soubessem falar.
Não há nelas qualquer
coisa de fórmula mágica, como alguns, ignorantemente, têm pensado.
Os estudos feitos
acerca de quanto se falava o aramaico e o hebraico, na Palestina, nos dias de
Jesus e de seus apóstolos, têm produzido alguns resultados interessantes.
É bastante cansativo e
detalhado mostrar todos os passos que os estudiosos têm tido de dar.
Mas a conclusão geral
pode ser posta na boca de um rabino do passado, que disse:
"O aramaico usava-se na linguagem sacra; o hebraico, na
fala comum, do povo".
Isso discorda da
opinião dos estudiosos em geral, que pensavam que o hebraico estava totalmente
esquecido.
Mas, de fato,
testemunhos antigos, como o próprio Novo Testamento, a recém-descoberta
literatura da comunidade de Qumran, e os escritos de Josefo, todos testificam
de que o hebraico era o idioma comum da Palestina, usado até mesmo na literatura
da época.
Quanto ao Novo
Testamento, lemos em Atos 21:40 e 22:2,- que Paulo dirigiu-se aos judeus em
"hebraico", e não em aramaico. Não obstante a isso, o aramaico era
alimentado pela corrente continua de judeus orientais que chegavam a Jerusalém,
para as festividades religiosas da nação, e muitos deles acabavam ficando na
Terra Santa.
Portanto, o aramaico
prevalecia nos cultos efetuados no templo, desde o período persa em diante.
Devemos concluir que, assim como o hebraico está sendo revivido atualmente, no
Estado de Israel, assim também deve ter acontecido no período intermediário,
entre o Antigo e o Novo Testamento, embora, sobre isso, nada nos tenha chegado
quanto a informações concretas.
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