domingo, 31 de agosto de 2014

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
João 4:8

O Amor de Deus pelo mundo.

A base do Evangelho.
Parte II

 A alma egoísta não pode ser uma alma regenerada. I João 4:7 declara “ousadamente” Que o amor é produto do próprio novo nascimento. Deus é amor, e o amor vem da parte de Deus. Aquele que nasceu de Deus recebeu o implante da natureza altruísta. Tal indivíduo automaticamente amará a seu próximo, embora isso sempre deva ser fortalecido e incrementado, conforme a alma se vai tornando mais espiritual.
 Portanto, afirmamos que o amor é a prova mesma da espiritualidade de uma pessoa. Trata-se da maior das virtudes espirituais, o solo onde todas as outras virtudes têm de medrar.
 Assim sendo, realmente é de estranhar que alguns pensem que o conflito e o ódio sejam a prova de sua espiritualidade!  Fomos aceitos no «Amado» Efésios. 1:6, e assim, no seio da família divina, existe uma comunhão de amor.
 Essa participação no espírito de amor deve necessariamente caracterizar qualquer verdadeiro filho de Deus.
 Aquele que odeia pertence ao diabo.
 Nossa espiritualidade imita Deus, o Pai. Deus é amor. Ele é a origem de todo o pensamento e ação altruísta. Os filhos de Deus serão inspirados tanto por seu exemplo como através do cultivo do amor na alma, uma realização do Espírito.
  A prática da lei do amor é um dos meios de desenvolvimento espiritual. De cada vez que fazemos o bem para alguma outra pessoa, impelidos por motivos puros, o nível da nossa espiritualidade se eleva.
 Outros meios de crescimento espiritual são o estudo dos livros sagrados, a oração, a meditação, a santificação e o emprego dos dons espirituais, que nos ajudam a cumprir nossas respectivas missões. O Amor é a Cultivação, o Fruto do Espirito Santo. Gálatas. 5:22, o amor é o primeiro fruto do Espírito na alma e na vida de uma pessoa, e torna-se o solo no qual todos os demais frutos crescem. Como o produto supremo do Espírito, o amor torna-se a força por detrás de todos os dons espirituais, 'sendo maior que qualquer um deles, isoladamente ou em conjunto I Coríntios. 13.
 Sem o amor nada somos. 3. Deus nos confere o seu amor, pela operação do Espírito na alma. O amor é uma planta tenra da qual o Espírito cuida. Se o amor estiver ausente, então é que o Espírito não habita em nós.
 O amor não consiste em mera emoção. E uma qualidade da alma, mediante a qual o indivíduo sente ser natural servir ao próximo, tal como sempre quererá servir a si mesmo. Essa qualidade da alma é produzida pela influência transformadora do Espirito Santo, segundo se vê em Gálatas. 5:22.
 O amor consiste no interesse por nossos semelhantes como aquele: que temos naturalmente por nós mesmos. Trata-se de um altruísmo puro, a negação do próprio «eu» visando o bem-estar alheio.
 Poucas almas podem amar diretamente a Deus, e somente quando a alma já ascendeu o suficiente na direção de Deus é que esse amor pode ocorrer na forma de contemplação.
 Porém, parte dessa ascensão consiste no amor por aqueles para quem Deus outorgou a vida eterna.
 Assim sendo, é impossível amar a Deus e odiar a um ser humano.  I João 4:7. Só ama verdadeiramente aquele que nasceu de Deus, porquanto o “amor cristão” é uma qualidade eminentemente espiritual.  I João 4:7.
 Aquele que não ama também não conhece a Deus I João 4:8, porque Deus é a própria essência do amor, sendo altruísmo puro.
 Por semelhante modo, não amar é andar nas trevas I João 2: 11.
 O amor é o caminho mais rápido de retorno ao Senhor Deus, porquanto é a virtude moral suprema que precisamos possuir a fim de compartilhar de sua imagem moral, permitindo que todas as demais virtudes possam ser bem mais facilmente adquiridas.
Somente quando já somos possuidores da natureza moral divina é que podemos possuir a natureza metafísica, que está destinada aos remidos, a saber, a própria natureza de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Somente então é que nos tornamos verdadeiros filhos de Deus, juntamente com o Filho de Deus, dentro da família divina, participantes da natureza divina.  II Pedro. 1:4.

 “Para nós os crentes” não existem dez mandamentos, e, sim onze. O décimo primeiro consiste em: Amarás. Nessa pequena palavra, amor, no dizer de Cristo, está sumariado o dever inteiro de um homem. Em tudo isso Cristo manifesta muito mais originalidade do que percebemos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
João 4:8
O Amor de Deus pelo mundo.
Parte I

A base do Evangelho.

 Este mundo não é o mundo dos eleitos, mas Sim, de todos os indivíduos do mundo, de todas as épocas, sem exceção alguma.
 Deus, sendo um ser inteligente, tem consciência da existência deste mundo e ama a todos os homens que nele habitam.
 De alguma maneira, posto que indefinida, exceto conforme entendemos as pessoas, Deus possui qualidades emocionais. O seu amor é a mais alta forma de amor, a mais pura, ao ponto de ser chamado de amor, conforme lemos no trecho de I João 4:8.
 Esse principio de amor, que faz com que Deus tenha o destino perfeito do homem, a sua felicidade e a sua utilidade perfeita e cumprimento da existência, sempre perante os seus olhos, e que é a força central motivadora de todas as suas ações para com os homens, também é compartilhado pelo homem, para ser exercido em direção aos seus semelhantes.
 A passagem de I João 4:16 expressa essa ideia, como também o faz o Sermão do Monte Mateus. 5:7 e 22:38a39.
Esse amor de Deus pelos homens deve ser reciproco dos homens por Deus, e, em seguida, por todos os homens. O amor, por consequência.
 É a força dinâmica de toda a criação, bem como a origem de toda autêntica bondade, porquanto a lei inteira se alicerça no amor, conforme também nos ensina o trecho de Mateus. 22:40, declaração essa confirmada por Paulo, em Romanos. 13:9.
 A grandeza do amor de Deus impeliu o apóstolo Paulo a escrever o seu soneto imortal, o qual lemos no décimo terceiro capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios; e nenhuma literatura superior a essa, sobre a questão, foi jamais escrita. E ainda que esse apóstolo nada mais houvesse deixado escrito, isso bastaria para assegurar-lhe o lugar de um dos maiores autores do mundo. O amor de Deus pelo Filho e Da Família divina.
 O amor de Deus Pai por Deus Filho é mencionado e enfatizado em João 10:17, 14:31; 15:9, 17:23,24,26. Fica entendido que esse amor é mútuo. João 14:21 destaca o amor mútuo no seio da família de Deus.
 Este evangelho apresenta o amor como um autêntico requisito para que a obediência aceitável, além de ser um grande motivo para agirmos corretamente, diante de Deus.
Deus é amor.
 Isso é o que ensinam as Escrituras. Essa é uma das grandes afirmativas das Escrituras, que quase todas as crianças de Escola Dominical conhecem.
Certamente é uma das mais bem conhecidas declarações da primeira epístola de João. O amor, naturalmente, é um atributo de Deus; mas permeia a todas as coisas, de tal modo que é legítima a declaração que «Deus é amor». Por igual modo se diz que «Deus é luz» I João 1:5 e «Deus é Espírito» João 4:24.
 Com idêntica propriedade poder-se-ia dizer que «Deus é Justiça», «Deus é Bondade» e «Deus é Verdade», ficando assim personificados e elevados os seus atributos infinitos.
 As Escrituras Sagradas, entretanto, preferem dizer que «Deus é Amor», porquanto todas as demais qualidades são atributos baseados sobre o amor divino. Portanto, a «bondade» de Deus se baseia sobre o seu amor; ele expressa bondade porque ama. E a sua justiça, embora se mostre severa em certas ocasiões, se baseia no amor; pois até mesmo os juízos de Deus são medidas pelas quais ele mostra ao homem o erro de seus distorcidos caminhos, levando-o a pagar dívidas necessárias, levando-o a reconhecer a verdade e a justiça.
 Além disso, o amor de Deus se expressa através da «beleza». O plano de Deus, relativo à redenção humana, reveste-se de beleza esplendorosa. É a beleza do evangelho. Que atrai a ele mesmo tantas pessoas, e não a sua lógica, as suas ameaças e as suas promessas.

Aqueles que acreditam que Deus amaria não ao mundo, mas exclusivamente aos «eleitos», na realidade não acreditam que Deus seja amor. Aqueles que veem apenas retribuição e vingança no julgamento divino, ignorando passagens como o primeiro capítulo da epístola aos Efésios e as passagens de I Ped. 3: 18-20 e 4:6, as estão pervertendo, na realidade não podem dizer que «Deus é amor». Até mesmo o juízo de Deus é uma medida de seu amor, porque o juízo opera através do amor.
 Primeiramente mostra ao homem o quanto «custa» o erro de seu caminho; em seguida, mostra ao homem o próprio erro; e em seguida modifica a mente do homem acerca de Cristo, de tal modo que até aqueles "debaixo da terra” Filipenses. 2:10, que fala sobre o” inferno”, lugar da prisão e do juízo de almas perdidas eventualmente virão a inclinar-se diante de “Jesus” (Salvador) e Cristo, que é o Senhor.
 Deus dá a todos uma vida espiritual I Pedro 4:6, embora não seja o mesmo tipo de vida dos eleitos. Chegam a ter utilidade e propósito em Cristo, porquanto o mistério da vontade de Deus é que, eventualmente, o Cristo seja "tudo para todos”, conforme se aprende em Efésios. 1:23.
 Os demais não chegarão a compartilhar da própria natureza de Deus ll Pedro 1:4, conforme sucederá aos eleitos, mas acharão em Cristo o propósito e alvo da existência; e o próprio julgamento será um meio para ensinar-lhes essa lição. Assim, pois, o “juízo” serve de aquilatação do amor de Deus, e não algo contrário ao mesmo.
 O julgamento é um dedo na mão do amor de Deus.
“O Amor é a Prova da Espiritualidade”
Sabemos que o amor é a maior de todas as virtudes cristãs, mais importantes que a fé ou a esperança I Coríntios 13:12.  Sabemos que o amor é o solo mesmo onde brotam e se desenvolvem todas as demais virtudes espirituais Gálatas. 5:22e23.

 Porém, o que talvez nos surpreenda é que não terá havido o novo nascimento, sob-hipótese nenhuma, sem que o amor haja sido implantado na alma.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

“AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”
CORINTIOS 13:1 a 3
AMOR
“O circulo do amor de Deus não tinha inicio, e não terá fim.”
 Nas Escrituras, o amor aparece tanto como um atributo de Deus como uma virtude humana moral, pelo que o assunto do amor pertence tanto à teologia quanto à ética.
 O amor é fundamental à verdadeira religião e à filosofia moral, e de fato, até na maior parte das filosofias pessimistas, como na do filosofo alemão Arthur Schopenhauer.
“Onde é encarado favoravelmente sob o título de simpatia.”
 O amor é uma parte importante e mesmo dominante da fé judaico-cristã, básica ao evangelho.  João 3:16. É um elemento essencial em todo o relacionamento humano. Portanto, tanto mais atônitos ficamos em face do fato de que quase todos os credos denominacionais evangélicos deixam-no totalmente de lado, ao alistarem seus itens de crença.
 Paulo declara que o amor é a maior de todas as graças cristãs l Coríntios 13:13.
 Nos escritos de Paulo, também é o solo de onde brotam todas as outras virtudes Gálatas. 5:22 a 23. Trata-se da marca distintiva de que alguém é filho de Deus. Mateus, 5:44 a 48.
 E um pré-requisito absoluto para que alguém seja uma pessoa espiritual, um bom cidadão, um bom vizinho, um bom marido, esposa ou pai, ou qualquer outra coisa, que envolva boas qualidades divinas ou humanas.

 Há o amor de Deus João 3:16, o qual é a fonte de todo outro amor, até mesmo aquele manifestado pelos incrédulos. O Espírito de Deus, atuando no mundo, impede-o de transformar-se em floresta completa, porquanto propaga ao redor o seu amor, e muitas pessoas fazem o que fazem por motivos puramente altruístas.
 Há o amor de Cristo pelo homem, o qual é uma extensão do amor de Deus; e, em sua essência, é a mesma coisa.
 Há o amor do indivíduo por si mesmo, num afeto inteiramente egoísta, pois só se preocupa consigo mesmo.
 Há o amor de um homem por outro ser humano. Quando alguém ama outrém, deseja para o próximo o que deseja para si mesmo, ou transfere o cuidado por si mesmo para outra pessoa, desejando o seu bem-estar, tal como deseja o seu próprio bem-estar.
 Pode-se imaginar quase qualquer homem a amar um filho ou filha predileta. Por causa de seus cuidados por seu filho, ele fará sacrifícios e procurará protege-lo.

 Pensará em como suprir às suas necessidades, e desejará a felicidade de seu filho.
“Sem se importar quão mal seja”, quanto a outras questões aquilo que faria por si mesmo. Em outras palavras, fará em prol de outra pessoa.





 O amor-próprio é fácil; não é muito difícil a transferência desse amor pelo menos a uma outra pessoa. Mas aqueles que amam verdadeiramente são os que descobriram como transferir o amor-próprio para um grande número de pessoas. Aqueles que assim fazem são a isso impelido pelo Espírito de Deus, sem importar se são ou não discípulos de Cristo, no sentido tradicional.
Há o amor dirigido a Cristo, o Filho de Deus, ou então a Deus Pai, o que se verifica quando amamos aos nossos semelhantes. Mateus. 25:35 a 46.
 Há o amor do homem a Cristo ou a Deus Pai, diretamente expresso. Essa modalidade de amor requer um senso altamente desenvolvido, e normal- mente se expressa por meios místicos, mediante a ascensão da alma, que passa a contemplar a Deus. Certamente essa foi à forma de amor que o escritor sagrado tinha em mente, em João 4:7-21, embora o contexto contemple muitos resultados diários e práticos da mesma, como o evangelismo dos perdidos, a vida santa, a lealdade a Cristo e as ações de caridade em favor do próximo.
 Cristo como uma figura distante.
 Os crentes de Efésios. Apocalipse. 2:1 a 7, reduziram Cristo a uma figura distante a despeito de continuarem a fazer prodígios espirituais e apesar de seu poder no Espírito. Quantas pessoas hoje em dia, quando pregam, somente atacam várias formas de males, como o mundanismo, o modernismo, embora suas mensagens reflitam pouquíssimo do amor conquistador de Cristo. Tornaram-se polemistas profissionais, mas pouco ou nada sabem do amor construtivo. Perderam a visão do Cristo, em meio à batalha.
Há um caminho melhor do que esse.
 É o caminho do amor. O amor à semelhança da morte transforma a tudo quanto toca.
Os homens são atraídos pelo amor.
 As coisas semelhantes se atraem mutuamente. Os homens amam quando são amados. E odeiam quando são odiados.



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”

GÊNESIS 2:24

ADUlTÉRIO


Adultério deitar-se com uma mulher que não fosse sua esposa.
 Todavia, o concubinato era extremamente comum no Antigo Testamento, pelo que um homem casado podia ter muitas mulheres, contanto que não fossem casadas, e se houvesse contratos apropriados, estipulando as condições segundo as quais o relacionamento deveria ocorrer.
 Outros sim, a poligamia era uma prática comum. A poliandria (vários maridos para uma só mulher), todavia, nunca foi reconhecida na lei e nos costumes dos judeus.
 Os versículos que proíbem o adultério incluem êxodo, 20:14; Levíticos.18:20; Mateus. 19:3 a 11; Gálatas. 5:19 a 21.
 O sétimo mandamento proíbe o adultério.
 Base original da monogamia.
 O trecho de Mateus. 19:4 a 8 registram as declarações de Jesus em favor da monogamia e contra o divórcio.
Ele alicerçou o Seu ensino na narrativa da criação do homem.
 Podemos supor, pois, que, apesar da permissividade do Antigo Testamento em relação ao concubinato e à poligamia (para os homens somente, como é natural), a monogamia é o ideal espiritual.
 Por que o adultério é proibido? A fim de preservara santidade do lar Êxodo, 20:14; Deuteronômio. 5:18. Também está envolvida a questão da herança da família e a preservação da pureza tribal. Finalmente, o próprio ato era considerado um crime sério, um ato de contaminação Levítico. 18:20.
 Por esse motivo, era imposta a pena de morte, envolvendo a execução de ambos os culpados Êxodo, 20:14.
 A pena de morte mostra que as sociedades antigas encaravam o adultério não meramente como um ato privado errado, mas que ameaçava o fim do lar e da sociedade. O fato de que o homem e a mulher tornam-se uma carne no matrimônio Gêneses. 2:24; Efésios. 5:31 a 32 sugere uma comunicação mística de energias vitais físicas e espirituais, e isso deve acontecer somente entre duas pessoas.
No adultério, o indivíduo é furtado de sua identidade, e a união mística de seres é perturbada, talvez se assemelhando ao homicídio, embora certamente com menores consequências morais.
Já no novo Testamento. Jesus transferiu a questão do adultério ao campo dos pensamentos e emoções. O homem que deseja uma mulher já se tornou culpado Mateus, 5:28. Portanto, a moralidade estrita envolve as intenções, as palavras e os pensamentos do indivíduo, e não apenas os seus atos.
 E assim, todos os homens e mulheres caem sob a condenação, no espirito do sétimo mandamento, e ninguém pode vangloria-se de sua santidade quanto a esse preceito.
 A idolatria e a infidelidade a Deus, sob qualquer forma, é adultério espiritual Paulo dá a isso um colorido cristão, pois o homem pode cometer adultério contra Cristo I Coríntios. 6:9 a 20.
 O espirito residente no crente faz de seu corpo um templo. Assim, qualquer poluição do corpo é uma forma de infidelidade contra o espirito ali residente, uma execração desse templo. Visto que o Espírito habita no crente, e entre os crentes como uma coletividade, quando um membro peca, todos os demais membros são envolvidos quanto ao resultado disso, I Coríntios. 5:6; 12:26; Efésios. 5:28 a 31.
 A união sexual não envolve somente o que o individuo faz, mas afeta a substância daquilo que ele é I Coríntios. 6:16.
 Todos os pecados sexuais são proibidos no Novo Testamento, e não apenas o adultério I Coríntios. 6:9; Gálatas. 5:19. Em outras sociedades, antigas e modernas. O código babilônico de Hamurabi mostra-nos que pelo menos alguns povos antigos, além dos hebreus, encaravam com desaprovação o adultério.
 Nas sociedades grega e romana o adultério era tratado com severidade, posto que nem sempre de forma coerente. Na sociedade grega, um homem não podia ser divorciado de sua esposa, somente por esse motivo. O sexo antes do casamento era geralmente tolerado, não sendo reputado um erro grave.
As religiões de todos os povos consideram que os atos sexuais praticados entre pessoas não casadas são errados, exceto nas sociedades onde a poligamia continua sendo praticada. A maioria dos países europeus, bem como os Estados Unidos da América, permite o divórcio em razão de adultério.

 I Coríntios. 6:18. Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Não convém que enfrentemos frontalmente esse pecado, oferecendo-lhe resistência através da força da vontade. Nosso plano de batalha, nesse caso, consiste em fugir. E nessa fuga que fujamos para os braços de Cristo, desenvolvendo Nele as virtudes morais positivas. Gaiatas 5:22 a 23.
 “E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém”.
LUCAS 2:38
AGRADECIMENTO

«agradecer», que aparece exclusivamente em Lucas, 2:38, na boca da profetisa Ana. Os gregos também usavam a palavra charis «graça», com o sentido de "agradecer», conforme se vê em Lucas, 6:32-34, ou com o sentido de "favor», conforme se vê em I Pedro 2:19, mas que nossa versão portuguesa traduz, respectivamente, por «recompensa» e «grato».

AGRADECIMENTO pensava que isso era necessário para a obtenção da verdade.
 Deus e a alma são os verdadeiros alvos do conhecimento, mas todo conhecimento reflete a mente de Deus.
 A ciência conduz a Deus quando corretamente manuseada. Temos nisso a doutrina da unidade da verdade, um útil conceito sobre o homem.
 O mau moral deve-se ao livre-arbítrio humano.
O homem poderia desejar ser feliz, seguindo a vereda necessária para tanto.
Mas falta ao homem a visão do mundo eterno, e cada pecado é a rejeição desse mundo.
A temporalidade humana contrasta com a eternidade divina, e o próprio tempo é aquilatado pela alma do homem; mas Deus está acima do tempo.
 O homem, união de uma alma eterna com um corpo físico temporal, não tem sentido apenas na esfera terrena, mesmo que a preexistência não lhe possa ser postulada.
 A encruzilhada de todas as questões morais é o amor. O homem tem dois amores: o amor a Deus e o amor ao próprio «eu». Todos os problemas morais têm começo no amor próprio. Mediante o amor a Deus pode ser atingida a felicidade.

sábado, 23 de agosto de 2014


“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” Mateus 11:25


AÇÕES DE GRAÇAS



Cristo deixou-nos o grande exemplo de ações de
graças ( Mateus 11:25; 26:27; Joio 6:11 e 11:41).

Até mesmo seres celestiais ocupam-se desse ato de
devoção ( Apocalipse. 4:9; 7:11, 12 e 11:16,17).

Trata-se de um ato de devoção ordenado por Deus
(Salmos 50:25; Filipenses 4:6 e I Tessalonicenses 5:18). 4. Trata-se de
coisa boa, sendo benéfica para quem se mostra grato
ao Senhor ( Salmos92: 1). 5. Deve ser expressa a
gratidão a Deus ( Salmos50:14), a Cristo (ver I Timóteo
1:12), em nome de Cristo (Efésios5:20), na adoração
pública ( Salmos 35:18), na adoração individual
(Daniel 6: 10), em tudo (I Tessalonicenses5: 18), por todas as coisas,
(Efésios 5:20).

EM TUDO DAÍ GRAÇAS

Na vontade de Deus a nosso respeito muitas coisas
estão inclusas. Entre elas figura o nosso senso de
gratidão. Essa atitude faz-nos lembrar de nossa posição
de dependência a ele; faz-nos recordar de sua
bondade para conosco, o que leva nossos espíritos a
entrarem em harmonia com ele, reconhecendo que ele
é o grande Benfeitor da humanidade, aquele a quem
devemos toda a vida e o sustento. Nesse reconhecimento,
porém, devemos envolver-nos com vidas agradecidas,
e não meramente com externas(ações de graças.)
Nossas próprias vidas diárias, pois, deveriam.
Ser uma forma de agradecimento. Em face de toda a
bondade e de todos os benefícios divinos, deveríamos
dedicar nossas vidas a nosso Pai. (Se eu tivesse mil
vidas, todas elas seriam tuas.) deveria ser a autêntica
expressão dos nossos corações. Com base nisso
pode-se ver que um autêntico espírito de gratidão
resulta do desenvolvimento espiritual, em razão do
que nos tornamos espiritualmente úteis a outros.
Somente então encontraremos muitas razões para dar
graças ao Senhor. Pois quando cumprimos a vontade
de Deus, descobrimos muitos motivos para lhe sermos
gratos.

Ê na pessoa de Cristo que nos são conferidas todas
as bênçãos espirituais ( Efésios 1 :3); pelo que ele
mesmo é a razão, a fonte e a inspiração de toda a
nossa gratidão. A vontade de Deus opera dentro da
esfera de Cristo, isto é, quando estamos associados a
ele, mediante a comunhão mística, como servos seus.
Então é que a vontade de Deus atua poderosamente
em nós, especialmente no que concerne a fazer a
vontade de Deus; e isso nos fornece abundantes
motivos para sermos gratos a Ele.


“A GRATIDÃO É POSSÍVEL PORQUE DEUS DETERMINOU.”

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

“Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.”
Colossenses 3:11
A HABITÃO DE CRISTO NO CRENTE
Cristo é o credo inteiro, a vida inteira, a lei inteira, o motivo de ufania do crente, o motivo de alegria do crente, substituindo todos os antigos valores e as antigas distinções.
 Ele está em todos por meio do seu Espirito, que em nós vem residir. Ele é «tudo para todos» (ver Efésios. 1:23). A terminologia, «tudo e em todos", evidentemente foi tomada por empréstimo do vocabulário do panteísmo dos gnósticos, que imaginavam que Deus se manifesta em tudo, como se todas as coisas fossem «emanações" suas. Portanto, ele é a fonte de tudo, e na redenção, tudo é pintado como «reabsorvido» por Deus, perdendo a sua individualidade.
 Essas eram ideias dos mestres gnósticos. Paulo, entretanto, rejeita o panteísmo e retém a individualidade de cada pessoa. Mas, para o apóstolo, só em Cristo é que nossa existência se reveste de significado. Isso pode ser confrontado em (I Coríntios. 15:28,) onde se lê que Deus é «tudo em todos». Uma vez mais se vê a justa posição entre Deus e Cristo, o que serve de prova indireta da divindade de Cristo. Nenhum mero homem, por mais exaltado que fosse, poderia ser considerado como tal.


Este versículo salienta novamente a preeminência absoluta de Cristo, o tema abordado longamente em (Colossenses. 1:15-20.) “A relação com Cristo transcende a todos os laços terrenos, porque se reveste de significação eterna.” (Comparar com Efésios. 1:23). Cristo «preenche a tudo»; a tudo ele dá significado, em sua existência. O fato de que devem ser eliminadas as distinções de sexo, raça, religião e cultura era uma ideia nova e revolucionária, nos dias de Paulo. Nada parecido com isso foi obtido, até agora, mas é o elevadíssimo alvo na direção do qual a igreja se movimenta. Não há classes privilegiadas, conforme pensavam os gnósticos erradamente. O evangelho promete um novo mundo, no qual haverá união e unidade. Que nossos corações se fixem naquele mundo. Em conexão com o conceito da unidade que há na igreja cristã, em torno de Cristo, o terceiro capitulo. Da epistola aos Efésios apresenta-nos o interessante conceito de que a igreja é o teatro e o campo experimental de Deus. Porque nela o Senhor mostrará como, finalmente, ele unirá a criação inteira, incluindo os seres angelicais e todas as dimensões espirituais, quando Cristo se tornará o Cabeça de tudo, tal como agora ele é o Cabeça da igreja. Em Cristo, portanto, tudo será unificado. Cristo dará sentido e razão para a existência de tudo.
“Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer”.
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” ROMANOS 7 a 8.
DECISÕES
Decidir é determinar, é escolher entre alternativas, é resolver, é arbitrar. Com frequência envolve a escolha sobre o curso de pensamento ou de ação que precisa ser modificado.  Algumas decisões são fáceis e obvias, mas outras são difíceis e complexas. Contribuem para a tomada de decisão as emoções, a racionalização, o prazer e o temor. Algumas decisões fazem as pessoas se enveredarem, por caminhos partidaristas, como quando Sartre resolveu tomar-se marxista, ou quando Paulo resolveu entregar sua vida a Cristo. A complexidade das emoções com frequência faz as decisões tomarem-se difíceis. - Certamente, pode haver interesses conflitantes, tanto pessoais como no tocante àquelas vidas que serão modificadas pelas decisões tomadas. Dois princípios deveriam ocupar papel de destaque nas decisões importantes que fazemos: justiça e amor.  O homem resolve o que é certo, ou desviar-se da justiça. A maioria das decisões desse tipo é suficientemente clara porque a consciência mostra-se bastante ativa e exata. Dispomos das normas das Escrituras, do Espirito e das experiências da vida. Rejeitamos as decisões morais relativistas, ·baseadas no auto interesse. A moralidade jamais poderá ser usada para servir ao próprio eu.

As decisões baseadas na lei altruísta do amor quase sempre estio certas. De fato, o amor é melhor do que a simples justiça, pois o oposto da injustiça não à justiça, mas o amor. A medida da misericórdia e da graça é um fator que nos pode fazer ir além do necessário, no trato que damos ao próximo. A medida de um homem, afinal de contas, é quão generoso ele é. O evangelho ensina-nos que Cristo, em sua missão, realizou uma série inteira de coisas e obteve muitos resultados benéficos para nós, que nem merecemos. Deveríamos agir em favor do próximo conforme Cristo agiu para conosco. A algo ainda· melhor do que ser meramente justo, isto é, ser generoso e bom (Romanos 5:7a 8).  O pragmatismo ensina que aquilo que funciona (obtém os resultados desejados) é bom e verdadeiro. Aquilo que é prático, que nos dá aquilo que queremos, seria verdadeiro. Isso parece bom; mas nem sempre corresponde à realidade dos fatos. Todos nós gostamos de ser pragmáticos; mas as decisões que tomamos devem penetrar mais profundamente na verdade do que isso. Os meios devem ser justos, e não somente os fins, a menos que uma questão não ·moral esteja envolvida. O terrorismo, que defende uma causa considerada justa, tem causado imensos sofrimentos e a morte de pessoas inocentes. Sempre será errado infligir dor desnecessária, mesmo quando alguma causa justa está envolvida. Os políticos manipulam e prejudicam outras pessoas, .a fim de realizarem .aquilo que pensam ser bom para a sociedade. As pessoas sofrem perseguições, torturas, aprisionamento ou mesmo a morte, por causa de supostas boas obras, nas quais se envolvem os políticos; porém, ninguém precisa ser altamente inteligente para perceber a farsa.  Está em foco alguma decisão que alguém precisa tomar com base nos requisitos do seu próprio ser. A algo que alguém precisa fazer algo que precisa ser algo que precisa tentar. As ocasiões em que alguém chega às raízes de sua própria existência ao tomar uma decisão. Talvez esteja envolvida a escolha de uma educação formal, de uma profissão, do Cônjuge a ser escolhido, dos projetos que tentar realizar, da área geográfica na qual viver a fim de melhor desincumbir-se de suas tarefas. O destino de um homem esta envolvido em decisões.

Assim o destino de um homem se tiver de ser devidamente cumprido, envolve certas decisões chaves ao longo de sua vida. O destino requer ou força certas decisões, dependendo delas para a sua concretização. Uma decisão ligada ao destino pode ocorrer uma vez por ano, ou talvez, uma vez a cada poucos anos. Essas decisões nunca são numerosas, mas fazem parte do próprio destino da pessoa. Essas são as coisas que precisam ser feitas. Naturalmente, algumas pessoas rejeitam essas decisões, mesmo quando elas parecem obvias, e tomam outras decisões.
Assim desviando-se de seu destino, pelo menos quanto a esta vida. Porém, todas as decisões erradas podem ser reparadas, devido à graça de Deus; mas isso pode envolver muito tempo, sofrimento e revezes, até que a alma aprenda a tomar decisões corretas interessando-se pelo uso apropriado dos dons da vida. As decisões ligadas ao destino com frequência são-paralelas às decisões existenciais.
 Uma decisão existencial é alguma atitude importante que o individuo precisa assumir, a fim de ficar garantida a continuação do plano que governa a vida e a missão daquele individuo.
Coisas que envolvem decisões dessa ordem são, para exemplificar, a vereda religiosa que deve ser seguida, questões sobre a própria educação, casamento, a escolha de uma profissão, mudanças de emprego, localização da área de trabalho, projetos importantes na vida, etc. Essas decisões mais importantes podem envolver decisões existenciais.

O termo subentende que aquilo que alguém decide afeta a sua pr6pna existência, ou ser essencial, estabelecendo diferenças em sua expressão na vida. Algumas vezes, grandes alterações não dependem de decisões existenciais válidas.

Nestes casos aquilo que fica decidido envolve somente algo temporário, de importância relativa, embora, no momento da  decisão, a questão seja considerada Importante; o homem bom usualmente reverte essas decisões, quando são consequentes, em algum ponto ao longo de sua caminhada. Nos casos em que os homens se envolvem em coisas que não concordam com a missão que lhes foi designada. As decisões importantes, feitas quando a pessoa está fora da vontade de Deus, não são verdadeiras decisões existenciais, porquanto não se originam nos requisitos do verdadeiro ser espiritual do homem. As pessoas que se distanciaram da verdadeira espiritualidade também não tomam decisões verdadeiramente existenciais. E possível alguém desviar-se do reto caminho. A primeira decisão existencial que essas pessoas precisam tomar é retomar A verdadeira espiritualidade. Esse conceito repousa sobre o pressuposto de que Deus está interessado na vida humana, e que ele tem um plano para a mesma. Em consequência, há um desígnio que governa a vida; e certas decisões ajudam na perpetuação desses desígnios.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

“19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia.” Gálatas 5:19 a 26

VÍCIOS
Na fé religiosa somos encorajados a cultivar as virtudes espirituais e a descontinuar os vícios Isso se faz mediante atos habituais, que se transformam em atitudes.
 Devemos buscar a mente espiritual, rejeitando a conformidade com os hábitos mundanos (Romanos 12: 1 a 2).
 A conformidade se dá mediante umas séries de atos que se tornaram habituais. Os hábitos determina o destino do individuo.
 Um pensamento pode tornar-se um ato; um ato pode tornar-se um hábito; um hábito pode determinar o destino da pessoa. «O hábito é um cabo; tecemos um fio do mesmo a cada dia; E, finalmente, não mais podemos quebrá-lo». (Horácio Mann) “Como o uso cria um hábito em um homem!“. (Shakespeare).
 Um hábito pode interpretar falsamente a verdade. Todos os homens são, acima de tudo, produtos de sua própria época, de suas experiências e de suas associações.
 Algumas vezes, porém, Deus intervém nisso. As pessoas que nascem em alguma denominação ou fé religiosa, mediante o hábito (associações constantes), acabam convencidas de que a mesma está absolutamente certa.
 Ao mesmo tempo, os hábitos fazem as pessoas crerem em outros sistemas. A verdade pode ser mais facilmente descoberta quando investigamos em todos os níveis, e chegamos a conhecer todas as alternativas.
 A interpretação de qualquer texto bíblico pode ser devida apenas aos hábitos de uma denominação, o que a faz desviar-se para longe do verdadeiro significado daquele texto. Há hábitos bons e hábitos maus; e, no entanto, um hábito qualquer serve de critério da verdade, no caso de quase todas as pessoas.

Não deixei que um mal hábito se torne um vicio em sua vida.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

“Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.” Jeremias 1:5.
ABORTO
 O assunto é complexo e não admite qualquer solução simples, no terreno médico, social ou ético-religioso. Quanto a essa questão, os argumentos são numerosos e complexos, tanto favoráveis quanto contrários. Porém, apesar de não haver qualquer solução fácil, a teologia ética por certo pode sugerir-nos algumas diretrizes.  A vida é dom de Deus, e um feto tem vida. Os teólogos não têm podido chegar a um acordo sobre quando o espírito vem fazer-se presente em um feto. Alguns dizem que isso se sucede no momento da concepção. Se isso é verdade, então o aborto desfaz uma verdadeira personalidade humana, e, com a. única exceção da necessidade de se salvar a vida da mãe, é uma forma de homicídio. Porém, outros insistem que a porção imaterial do homem não entra no corpo senão por ocasião do nascimento, ou pouco antes ou depois do nascimento. Com frequência, essas ideias estão ligadas ao conceito da pré-existência da alma.  Se a alma ainda não está presente por ocasião do aborto, então o ato não destrói uma personalidade humana. Nesse caso, dificilmente poderíamos falar em assassinato de uma vida humana, através do aborto.
Quanto à questão do sofrimento. Mesmo que o aborto não envolva homicídio, envolve o sofrimento físico, pois estamos informados de que feto o pode sentir, e muito deve sofrer ante os métodos de aborto que são utilizados. Não há como duvidar que é errado provocar sofrimento, mesmo que isso não redunde em homicídio. Os indivíduos e as civilizações mais avançadas interessam-se pelo bem-estar não apenas das pessoas, mas também dos animais, e declaram-se contrários à provocação de sofrimento desnecessário.  A santidade da vida. O feto, mesmo que não seja humano enquanto a alma não lhe é dada, é uma forma de vida, e merece o nosso respeito, já que é o futuro veiculo da alma humana. Certamente deveria ser respeitado, pelo menos tanto quanto uma vida animal, que as pessoas boas e espirituais honram, procurando poupar dos sofrimentos.  Considerações bíblicas e teológicas indicam que a vida no ventre materno deve ser respeitada, como uma vida humana. Lucas 1:41 diz que o bebê saltou no ventre de Isabel por motivo de alegria, o que indica algo mais que uma vida animal.  Apesar do corpo não ser a pessoa essencial, deve ser respeitado como um maravilhoso instrumento, produto de desígnio, e, consequentemente, algo que não deve ser destruído caprichosamente.  Dificilmente se pode justificar uma mulher que mata o filho de suas entranhas por querer evitar o escândalo ou a carga financeira extra. Sua culpa, todavia, variaria dependendo da presença da alma ou não, a partir do momento da concepção.   
O mandamento bíblico que diz «Não matarás», e que proíbe especificamente o homicídio, mas que envolve o ódio e a malicia, usualmente de forma preconcebida(ver Mateus. 5:21-22), apesar de não haver sido baixado tendo em mira o aborto, até certo ponto pode ter aplicação ao caso, mesmo que a alma não se faça presente senão por ocasião do nascimento. Exceções. Os argumentos favoráveis ao aborto, nos casos de incesto ou estupro, ou quando a mãe do feto corre perigo de vida, parecem dar licença ao aborto, mesmo que a alma se faça presente no feto desde o instante da concepção. Resolver provocar um aborto, com base em uma dessas razões, envolve um grande problema pessoal, que cada mulher deve resolver individualmente. Penso que não podemos ter certeza sobre o que é correto em tais casos, e que devemos ser moderados no julgamento. O perdão dos pecados: Todos os pecados podem ser perdoados. O arrependimento e a fé são suficientes para tanto. Mas há castigo (a colheita) para os erros praticados, inteiramente à parte do perdão. Isso é algo que o individuo deve estar disposto a enfrentar, ao mesmo tempo em que prossegue em sua mudança de atitude, assim evitando futuros atos pecaminosos. Não somente é possível, mas também é nosso dever prosseguir para uma maior espiritualidade, após praticarmos algum ato maligno. Todas as pessoas envolvidas em casos de aborto, a mulher e algum homem que a tenha encorajado a isso, deveriam buscar uma mais elevada realização espiritual, a fim de contrabalançar o passado, além de evitarem a conduta similar no futuro.

O Estado psicológico: Somos informados de que o aborto origina sérias tensões psicológicas, mesmo em mulheres que não antecipavam qualquer reação negativa. Sem importar a razão, isso deveria servir de aviso de que o aborto, tal como muitos outros pecados, envolve pelo menos parte de sua própria punição.
“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Filipenses-2:13

A DEPENDÊNCIA HUMANA.
Só Deus é independente. Todos os demais seres são dependentes. Isso se aplica a todos os aspectos da vida humana; e quanto mais à eterna salvação!  A salvação vem pela graça divina por tratar-se de uma elevadíssima realidade, completamente além dos poderes humanos. Nossos avanços científicos tende a iludir-nos, levando-nos a imaginar que somos capazes de realizar qualquer tarefa. Porém, a ciência humana está escapando a nosso controle, e está inevitavelmente nos empurrando para a destruição. Deus ordena que o homem use o seu livre-arbítrio, a fim de aceitar e cultivar a sua obra divina. Dessa maneira, a vontade do homem coopera com a realização divina (e a torna possível). A entrada da vontade humana nesse quadro significa que a queda e possível. Mas essa possibilidade é «relativa» quanto à ascensão para novos níveis espirituais, podendo caracterizar um crente por  algum tempo. A restauração do tal é inevitável, entretanto, e, em razão disso, a segurança do crente é absoluta. Esse conceito é longamente comentado em (Romanos 8:37 a 39)  e de modo mais sucinto em ( 1 Coríntios. 1:23 a 24) Somente Deus pode levar a vida eterna à perfeição, conferindo-nos a salvação completa.
A Bíblia ensina-nos que isso é obra de suas mãos. Podemos observar a narrativa sobre o rico que derrubou seus armazéns a fim de construir depósitos maiores. Ele era o capitão de sua própria alma. Mas uma voz superior se fez ouvir dos céus, dizendo-lhe: «Louco...» (Lucas 12:18 a 21).

 O começo e o fim do destino humano estão nas mãos de Deus. O homem não se criou a si mesmo, e nem pode salvar-se a si próprio; pois isso é uma nova criação. Tudo isso, entretanto, requer a cooperação da vontade humana; e é nesse ponto que o divino entra em contato com o que é humano. Não obstante, o homem pode recusar-se a cooperar com a graça divina, e então a obra da salvação permanece por fazer. As mentes modernas, insufladas pelas ideias de avanço cientifico, gostam de manter a noção da autossuficiência, mas até mesmo agora o próprio avanço cientifica serve de ameaça de destruição do homem, e não de meio de salvação. Em seu orgulho, o homem gosta de pensar que ele é «naturalmente bom»; mas toda a história da humanidade nega isso redondamente, clamando de mãos dadas com a teologia cristã verdadeira que «O homem é um ser decaído e depravado». O homem caiu para bem longe de Deus, e a estrada de retomo é extremamente longa. Todavia, o caminho de volta foi preparado na pessoa de Cristo. Alguns pensam que a bondade natural do homem é estragada pelo meio ambiente: outros pensam que ela é revertida devido a forças subconscientes ocultas; ainda outros pensam que essa bondade natural é entravada por opressões políticas e sociais, conforme dizem os psicólogos, os historiado- rês e os revolucionários. Mas a verdadeira resposta reside no fato de que o homem é um ser espiritual, tendo caído de sua autêntica esfera espiritual e agora precisa de ajuda divina definida, na pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo, para poder voltar ao seu legitimo lar. E disso que nos fala à redenção que há no Senhor Jesus. Há de completá-la (Filipenses 1:6), isto é, «há de aperfeiçoá-la». No grego temos o verbo «epitélio-, que significa «levar ao término», «terminar», «realizar completamente», «aperfeiçoar»”. A perfeição absoluta é o alvo da redenção humana, a participação na perfeita natureza moral e metafisica de Jesus Cristo, para que os remidos sejam o que ele é e possuam o que ele possui, da mesma natureza que um corpo humano tem a mesma natureza que sua cabeça. Isso envolve ainda a possessão de «toda a plenitude de Deus» (ver Efésios 3 :19).