sexta-feira, 29 de agosto de 2014

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
João 4:8
O Amor de Deus pelo mundo.
Parte I

A base do Evangelho.

 Este mundo não é o mundo dos eleitos, mas Sim, de todos os indivíduos do mundo, de todas as épocas, sem exceção alguma.
 Deus, sendo um ser inteligente, tem consciência da existência deste mundo e ama a todos os homens que nele habitam.
 De alguma maneira, posto que indefinida, exceto conforme entendemos as pessoas, Deus possui qualidades emocionais. O seu amor é a mais alta forma de amor, a mais pura, ao ponto de ser chamado de amor, conforme lemos no trecho de I João 4:8.
 Esse principio de amor, que faz com que Deus tenha o destino perfeito do homem, a sua felicidade e a sua utilidade perfeita e cumprimento da existência, sempre perante os seus olhos, e que é a força central motivadora de todas as suas ações para com os homens, também é compartilhado pelo homem, para ser exercido em direção aos seus semelhantes.
 A passagem de I João 4:16 expressa essa ideia, como também o faz o Sermão do Monte Mateus. 5:7 e 22:38a39.
Esse amor de Deus pelos homens deve ser reciproco dos homens por Deus, e, em seguida, por todos os homens. O amor, por consequência.
 É a força dinâmica de toda a criação, bem como a origem de toda autêntica bondade, porquanto a lei inteira se alicerça no amor, conforme também nos ensina o trecho de Mateus. 22:40, declaração essa confirmada por Paulo, em Romanos. 13:9.
 A grandeza do amor de Deus impeliu o apóstolo Paulo a escrever o seu soneto imortal, o qual lemos no décimo terceiro capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios; e nenhuma literatura superior a essa, sobre a questão, foi jamais escrita. E ainda que esse apóstolo nada mais houvesse deixado escrito, isso bastaria para assegurar-lhe o lugar de um dos maiores autores do mundo. O amor de Deus pelo Filho e Da Família divina.
 O amor de Deus Pai por Deus Filho é mencionado e enfatizado em João 10:17, 14:31; 15:9, 17:23,24,26. Fica entendido que esse amor é mútuo. João 14:21 destaca o amor mútuo no seio da família de Deus.
 Este evangelho apresenta o amor como um autêntico requisito para que a obediência aceitável, além de ser um grande motivo para agirmos corretamente, diante de Deus.
Deus é amor.
 Isso é o que ensinam as Escrituras. Essa é uma das grandes afirmativas das Escrituras, que quase todas as crianças de Escola Dominical conhecem.
Certamente é uma das mais bem conhecidas declarações da primeira epístola de João. O amor, naturalmente, é um atributo de Deus; mas permeia a todas as coisas, de tal modo que é legítima a declaração que «Deus é amor». Por igual modo se diz que «Deus é luz» I João 1:5 e «Deus é Espírito» João 4:24.
 Com idêntica propriedade poder-se-ia dizer que «Deus é Justiça», «Deus é Bondade» e «Deus é Verdade», ficando assim personificados e elevados os seus atributos infinitos.
 As Escrituras Sagradas, entretanto, preferem dizer que «Deus é Amor», porquanto todas as demais qualidades são atributos baseados sobre o amor divino. Portanto, a «bondade» de Deus se baseia sobre o seu amor; ele expressa bondade porque ama. E a sua justiça, embora se mostre severa em certas ocasiões, se baseia no amor; pois até mesmo os juízos de Deus são medidas pelas quais ele mostra ao homem o erro de seus distorcidos caminhos, levando-o a pagar dívidas necessárias, levando-o a reconhecer a verdade e a justiça.
 Além disso, o amor de Deus se expressa através da «beleza». O plano de Deus, relativo à redenção humana, reveste-se de beleza esplendorosa. É a beleza do evangelho. Que atrai a ele mesmo tantas pessoas, e não a sua lógica, as suas ameaças e as suas promessas.

Aqueles que acreditam que Deus amaria não ao mundo, mas exclusivamente aos «eleitos», na realidade não acreditam que Deus seja amor. Aqueles que veem apenas retribuição e vingança no julgamento divino, ignorando passagens como o primeiro capítulo da epístola aos Efésios e as passagens de I Ped. 3: 18-20 e 4:6, as estão pervertendo, na realidade não podem dizer que «Deus é amor». Até mesmo o juízo de Deus é uma medida de seu amor, porque o juízo opera através do amor.
 Primeiramente mostra ao homem o quanto «custa» o erro de seu caminho; em seguida, mostra ao homem o próprio erro; e em seguida modifica a mente do homem acerca de Cristo, de tal modo que até aqueles "debaixo da terra” Filipenses. 2:10, que fala sobre o” inferno”, lugar da prisão e do juízo de almas perdidas eventualmente virão a inclinar-se diante de “Jesus” (Salvador) e Cristo, que é o Senhor.
 Deus dá a todos uma vida espiritual I Pedro 4:6, embora não seja o mesmo tipo de vida dos eleitos. Chegam a ter utilidade e propósito em Cristo, porquanto o mistério da vontade de Deus é que, eventualmente, o Cristo seja "tudo para todos”, conforme se aprende em Efésios. 1:23.
 Os demais não chegarão a compartilhar da própria natureza de Deus ll Pedro 1:4, conforme sucederá aos eleitos, mas acharão em Cristo o propósito e alvo da existência; e o próprio julgamento será um meio para ensinar-lhes essa lição. Assim, pois, o “juízo” serve de aquilatação do amor de Deus, e não algo contrário ao mesmo.
 O julgamento é um dedo na mão do amor de Deus.
“O Amor é a Prova da Espiritualidade”
Sabemos que o amor é a maior de todas as virtudes cristãs, mais importantes que a fé ou a esperança I Coríntios 13:12.  Sabemos que o amor é o solo mesmo onde brotam e se desenvolvem todas as demais virtudes espirituais Gálatas. 5:22e23.

 Porém, o que talvez nos surpreenda é que não terá havido o novo nascimento, sob-hipótese nenhuma, sem que o amor haja sido implantado na alma.

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