“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
João 4:8
O Amor de Deus pelo mundo.
Parte I
A base do Evangelho.
Este mundo não é o mundo dos eleitos, mas Sim,
de todos os indivíduos do mundo, de todas as épocas, sem exceção alguma.
Deus, sendo um ser inteligente, tem
consciência da existência deste mundo e ama a todos os homens que nele habitam.
De alguma maneira, posto que indefinida,
exceto conforme entendemos as pessoas, Deus possui qualidades emocionais. O seu
amor é a mais alta forma de amor, a mais pura, ao ponto de ser chamado de amor,
conforme lemos no trecho de I João 4:8.
Esse principio de amor, que faz com que Deus
tenha o destino perfeito do homem, a sua felicidade e a sua utilidade perfeita
e cumprimento da existência, sempre perante os seus olhos, e que é a força
central motivadora de todas as suas ações para com os homens, também é
compartilhado pelo homem, para ser exercido em direção aos seus semelhantes.
A passagem de I João 4:16 expressa essa ideia,
como também o faz o Sermão do Monte Mateus. 5:7 e 22:38a39.
Esse amor de Deus pelos homens deve ser reciproco dos
homens por Deus, e, em seguida, por todos os homens. O amor, por consequência.
É a força dinâmica de
toda a criação, bem como a origem de toda autêntica bondade, porquanto a lei
inteira se alicerça no amor, conforme também nos ensina o trecho de Mateus.
22:40, declaração essa confirmada por Paulo, em Romanos. 13:9.
A grandeza do amor de
Deus impeliu o apóstolo Paulo a escrever o seu soneto imortal, o qual lemos no
décimo terceiro capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios; e nenhuma
literatura superior a essa, sobre a questão, foi jamais escrita. E ainda que
esse apóstolo nada mais houvesse deixado escrito, isso bastaria para
assegurar-lhe o lugar de um dos maiores autores do mundo. O amor de Deus pelo
Filho e Da Família divina.
O amor de Deus Pai por
Deus Filho é mencionado e enfatizado em João 10:17, 14:31; 15:9, 17:23,24,26.
Fica entendido que esse amor é mútuo. João 14:21 destaca o amor mútuo no seio
da família de Deus.
Este evangelho
apresenta o amor como um autêntico requisito para que a obediência aceitável,
além de ser um grande motivo para agirmos corretamente, diante de Deus.
Deus é amor.
Isso é o que ensinam
as Escrituras. Essa é uma das grandes afirmativas das Escrituras, que quase
todas as crianças de Escola Dominical conhecem.
Certamente é uma das mais bem conhecidas declarações da
primeira epístola de João. O amor, naturalmente, é um atributo de Deus; mas
permeia a todas as coisas, de tal modo que é legítima a declaração que «Deus é
amor». Por igual modo se diz que «Deus é luz» I João 1:5 e «Deus é Espírito»
João 4:24.
Com idêntica
propriedade poder-se-ia dizer que «Deus é Justiça», «Deus é Bondade» e «Deus é
Verdade», ficando assim personificados e elevados os seus atributos infinitos.
As Escrituras
Sagradas, entretanto, preferem dizer que «Deus é Amor», porquanto todas as
demais qualidades são atributos baseados sobre o amor divino. Portanto, a
«bondade» de Deus se baseia sobre o seu amor; ele expressa bondade porque ama.
E a sua justiça, embora se mostre severa em certas ocasiões, se baseia no amor;
pois até mesmo os juízos de Deus são medidas pelas quais ele mostra ao homem o
erro de seus distorcidos caminhos, levando-o a pagar dívidas necessárias,
levando-o a reconhecer a verdade e a justiça.
Além disso, o amor de
Deus se expressa através da «beleza». O plano de Deus, relativo à redenção
humana, reveste-se de beleza esplendorosa. É a beleza do evangelho. Que atrai a
ele mesmo tantas pessoas, e não a sua lógica, as suas ameaças e as suas
promessas.
Aqueles
que acreditam que Deus amaria não ao mundo, mas exclusivamente aos «eleitos»,
na realidade não acreditam que Deus seja amor. Aqueles que veem apenas
retribuição e vingança no julgamento divino, ignorando passagens como o
primeiro capítulo da epístola aos Efésios e as passagens de I Ped. 3: 18-20 e
4:6, as estão pervertendo, na realidade não podem dizer que «Deus é amor». Até
mesmo o juízo de Deus é uma medida de seu amor, porque o juízo opera através do
amor.
Primeiramente mostra ao homem o quanto «custa»
o erro de seu caminho; em seguida, mostra ao homem o próprio erro; e em seguida
modifica a mente do homem acerca de Cristo, de tal modo que até aqueles
"debaixo da terra” Filipenses. 2:10, que fala sobre o” inferno”, lugar da
prisão e do juízo de almas perdidas eventualmente virão a inclinar-se diante de
“Jesus” (Salvador) e Cristo, que é o Senhor.
Deus dá a todos uma vida espiritual I Pedro
4:6, embora não seja o mesmo tipo de vida dos eleitos. Chegam a ter utilidade e
propósito em Cristo, porquanto o mistério da vontade de Deus é que,
eventualmente, o Cristo seja "tudo para todos”, conforme se aprende em Efésios.
1:23.
Os demais não chegarão a compartilhar da
própria natureza de Deus ll Pedro 1:4, conforme sucederá aos eleitos, mas
acharão em Cristo o propósito e alvo da existência; e o próprio julgamento será
um meio para ensinar-lhes essa lição. Assim, pois, o “juízo” serve de
aquilatação do amor de Deus, e não algo contrário ao mesmo.
O julgamento é um dedo na mão do amor de Deus.
“O Amor é a Prova da Espiritualidade”
Sabemos
que o amor é a maior de todas as virtudes cristãs, mais importantes que a fé ou
a esperança I Coríntios 13:12. Sabemos
que o amor é o solo mesmo onde brotam e se desenvolvem todas as demais virtudes
espirituais Gálatas. 5:22e23.
Porém, o que talvez nos surpreenda é que não
terá havido o novo nascimento, sob-hipótese nenhuma, sem que o amor haja sido
implantado na alma.
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