“AINDA que eu falasse as línguas dos
homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o
sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de
profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse
toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada
seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna
para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”
CORINTIOS 13:1 a 3
AMOR
“O circulo do amor de Deus não tinha inicio, e não terá fim.”
Nas Escrituras, o amor
aparece tanto como um atributo de Deus como uma virtude humana moral, pelo que
o assunto do amor pertence tanto à teologia quanto à ética.
O amor é fundamental à
verdadeira religião e à filosofia moral, e de fato, até na maior parte das filosofias
pessimistas, como na do filosofo alemão Arthur Schopenhauer.
“Onde é encarado favoravelmente sob o título de simpatia.”
O amor é uma parte
importante e mesmo dominante da fé judaico-cristã, básica ao evangelho. João 3:16. É um elemento essencial em todo o
relacionamento humano. Portanto, tanto mais atônitos ficamos em face do fato de
que quase todos os credos denominacionais evangélicos deixam-no totalmente de
lado, ao alistarem seus itens de crença.
Paulo declara que o
amor é a maior de todas as graças cristãs l Coríntios 13:13.
Nos escritos de Paulo,
também é o solo de onde brotam todas as outras virtudes Gálatas. 5:22 a 23.
Trata-se da marca distintiva de que alguém é filho de Deus. Mateus, 5:44 a 48.
E um pré-requisito
absoluto para que alguém seja uma pessoa espiritual, um bom cidadão, um bom
vizinho, um bom marido, esposa ou pai, ou qualquer outra coisa, que envolva
boas qualidades divinas ou humanas.
Há o amor de Deus João 3:16, o qual é a fonte de
todo outro amor, até mesmo aquele manifestado pelos incrédulos. O Espírito de
Deus, atuando no mundo, impede-o de transformar-se em floresta completa,
porquanto propaga ao redor o seu amor, e muitas pessoas fazem o que fazem por
motivos puramente altruístas.
Há o amor de Cristo pelo homem, o qual é uma
extensão do amor de Deus; e, em sua essência, é a mesma coisa.
Há o amor do indivíduo por si mesmo, num afeto
inteiramente egoísta, pois só se preocupa consigo mesmo.
Há o amor de um homem por outro ser humano.
Quando alguém ama outrém, deseja para o próximo o que deseja para si mesmo, ou
transfere o cuidado por si mesmo para outra pessoa, desejando o seu bem-estar,
tal como deseja o seu próprio bem-estar.
Pode-se imaginar quase qualquer homem a amar um
filho ou filha predileta. Por causa de seus cuidados por seu filho, ele fará sacrifícios
e procurará protege-lo.
Pensará em como suprir às suas necessidades, e
desejará a felicidade de seu filho.
“Sem
se importar quão mal seja”, quanto a outras questões aquilo que faria por si
mesmo. Em outras palavras, fará em prol de outra pessoa.
O amor-próprio é fácil; não é muito difícil a
transferência desse amor pelo menos a uma outra pessoa. Mas aqueles que amam
verdadeiramente são os que descobriram como transferir o amor-próprio para um
grande número de pessoas. Aqueles que assim fazem são a isso impelido pelo
Espírito de Deus, sem importar se são ou não discípulos de Cristo, no sentido
tradicional.
Há
o amor dirigido a Cristo, o Filho de Deus, ou então a Deus Pai, o que se
verifica quando amamos aos nossos semelhantes. Mateus. 25:35 a 46.
Há o amor do homem a Cristo ou a Deus Pai,
diretamente expresso. Essa modalidade de amor requer um senso altamente
desenvolvido, e normal- mente se expressa por meios místicos, mediante a
ascensão da alma, que passa a contemplar a Deus. Certamente essa foi à forma de
amor que o escritor sagrado tinha em mente, em João 4:7-21, embora o contexto
contemple muitos resultados diários e práticos da mesma, como o evangelismo dos
perdidos, a vida santa, a lealdade a Cristo e as ações de caridade em favor do
próximo.
Cristo como uma figura distante.
Os crentes de Efésios. Apocalipse. 2:1 a 7,
reduziram Cristo a uma figura distante a despeito de continuarem a fazer
prodígios espirituais e apesar de seu poder no Espírito. Quantas pessoas hoje
em dia, quando pregam, somente atacam várias formas de males, como o
mundanismo, o modernismo, embora suas mensagens reflitam pouquíssimo do amor
conquistador de Cristo. Tornaram-se polemistas profissionais, mas pouco ou nada
sabem do amor construtivo. Perderam a visão do Cristo, em meio à batalha.
Há
um caminho melhor do que esse.
É o caminho do amor. O amor à semelhança da
morte transforma a tudo quanto toca.
Os
homens são atraídos pelo amor.
As coisas semelhantes se atraem mutuamente. Os
homens amam quando são amados. E odeiam quando são odiados.
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