“Porque Deus é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Filipenses-2:13
A DEPENDÊNCIA HUMANA.
Só Deus é independente. Todos os demais seres são
dependentes. Isso se aplica a todos os aspectos da vida humana; e quanto mais à
eterna salvação! A salvação vem pela
graça divina por tratar-se de uma elevadíssima realidade, completamente além
dos poderes humanos. Nossos avanços científicos tende a iludir-nos, levando-nos
a imaginar que somos capazes de realizar qualquer tarefa. Porém, a ciência
humana está escapando a nosso controle, e está inevitavelmente nos empurrando
para a destruição. Deus ordena que o homem use o seu livre-arbítrio, a fim de
aceitar e cultivar a sua obra divina. Dessa maneira, a vontade do homem coopera
com a realização divina (e a torna possível). A entrada da vontade humana nesse
quadro significa que a queda e possível. Mas essa possibilidade é «relativa»
quanto à ascensão para novos níveis espirituais, podendo caracterizar um crente
por algum tempo. A restauração do tal é
inevitável, entretanto, e, em razão disso, a segurança do crente é absoluta.
Esse conceito é longamente comentado em (Romanos 8:37 a 39) e de modo mais sucinto em ( 1 Coríntios. 1:23 a 24) Somente Deus pode levar a vida eterna à perfeição, conferindo-nos a salvação
completa.
A Bíblia ensina-nos que isso é obra de suas mãos. Podemos
observar a narrativa sobre o rico que derrubou seus armazéns a fim de construir
depósitos maiores. Ele era o capitão de sua própria alma. Mas uma voz superior
se fez ouvir dos céus, dizendo-lhe: «Louco...» (Lucas 12:18 a 21).
O começo e o fim do
destino humano estão nas mãos de Deus. O homem não se criou a si mesmo, e nem
pode salvar-se a si próprio; pois isso é uma nova criação. Tudo isso,
entretanto, requer a cooperação da vontade humana; e é nesse ponto que o divino
entra em contato com o que é humano. Não obstante, o homem pode recusar-se a
cooperar com a graça divina, e então a obra da salvação permanece por fazer. As
mentes modernas, insufladas pelas ideias de avanço cientifico, gostam de manter
a noção da autossuficiência, mas até mesmo agora o próprio avanço cientifica
serve de ameaça de destruição do homem, e não de meio de salvação. Em seu
orgulho, o homem gosta de pensar que ele é «naturalmente bom»; mas toda a
história da humanidade nega isso redondamente, clamando de mãos dadas com a
teologia cristã verdadeira que «O homem é um ser decaído e depravado». O homem
caiu para bem longe de Deus, e a estrada de retomo é extremamente longa.
Todavia, o caminho de volta foi preparado na pessoa de Cristo. Alguns pensam
que a bondade natural do homem é estragada pelo meio ambiente: outros pensam
que ela é revertida devido a forças subconscientes ocultas; ainda outros pensam
que essa bondade natural é entravada por opressões políticas e sociais,
conforme dizem os psicólogos, os historiado- rês e os revolucionários. Mas a
verdadeira resposta reside no fato de que o homem é um ser espiritual, tendo
caído de sua autêntica esfera espiritual e agora precisa de ajuda divina
definida, na pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo, para poder voltar ao seu
legitimo lar. E disso que nos fala à redenção que há no Senhor Jesus. Há de
completá-la (Filipenses 1:6), isto é, «há de aperfeiçoá-la». No grego temos o verbo
«epitélio-, que significa «levar ao término», «terminar», «realizar
completamente», «aperfeiçoar»”. A perfeição absoluta é o alvo da redenção
humana, a participação na perfeita natureza moral e metafisica de Jesus Cristo,
para que os remidos sejam o que ele é e possuam o que ele possui, da mesma
natureza que um corpo humano tem a mesma natureza que sua cabeça. Isso envolve
ainda a possessão de «toda a plenitude de Deus» (ver Efésios 3 :19).
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